terça-feira, 30 de junho de 2009

MICHAEL JACKSON

A morte de Michael Jackson fez com que sua vida fosse novamente vasculhada pela imprensa, fans e curiosos. Sua vida sempre foi marcada por excentricidades e esquisitices. Isto se deve muito a uma via de duas mãos, uma troca, muito perigosa por sinal, entre Michael e a imprensa. Da parte dele manter mistérios sobre sua vida pessoal, atiçavam a curiosidade do público e mobilizavam a imprensa para tentar desvendar essas dúvidas. Essa mobilização, por sua vez, impedia o artista (esse sim é merecedor desta palavra) de viver normalmente. Não podia ir a locais de circulação de pessoas, lojas, parques, zoológicos. Tudo tinha de ser fechado e deixado para seu desfrute exclusivo. Mas qual a graça de ir a um parque, ou zoo, sozinho? Claro que ele estava sempre acompanhado por pessoas próximas, seus filhos e muitos seguranças. Mas a diversão vem das pessoas comuns destes ambientes, dos risos de crianças, sustos, gritos enfim tudo que cria a atmosfera agradável de lugares assim. Se desde o início ele agisse como uma pessoa normal assumindo-se em público, saindo frequentemente, com certeza teria tornado seu futuro mais tranquilo. Mas aí se vai a mística, a magia, que envolve este tipo de pessoa e ele não teria atingido um terço do sucesso que atingiu. Porém esse recolhimento vinha devido a outras causas. Como Freud adoraria tê-lo conhecido, pois sua infância explica muito. Membro de uma enorme família, com 9 irmãos, sempre foi o maior talento, o que sofria maiores cobranças e castigos de seu pai (fora a questão de abusos sexuais que não há provas efetivas). Todo esse peso foi trazido por Michael pela vida adulta e formando a imagem que todos conhecem. A minha opinião é que ele morreu devido a um excesso de atividades físicas e pressão psicológica que a nova turnê lhe causavam. 8 anos sem apresentações, com um corpo despreparado e mentalmente desestabilizado, só se entupindo de porcarias pra aguentar mesmo.

Um comentário:

  1. Alguém comentou comigo que assistiu uma entrevista em que ele mostrou-se muito amável, mas transpareceu o tamanho de seus traumas de infância.
    Não deve mesmo ter sido fácil.
    Devemos admitir que o cara era realmente muito bom no que fazia. Mas, é uma pena que os abutres ataquem o cadáver antes mesmo de esfriar (talvez ele seja, nos próximos meses, mais lucrativo morto do que vivo).

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