quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O Golpe está em curso.

Durante a campanha eleitoral a grande imprensa do país protagonizou um verdadeiro atentado contra qulaquer noção de decência, amor pátrio, civilidade e Democracia. Agora após a decisão do pleito, quando se esperava que o país voltasse (ao menos em partes) ao seu normal, tem início uma campanha ainda mais sórdida e deprimente. A grande imprensa, de modo velado como sempre, impulsiona milhares de pessoas (em especial jovens) hávidos viventes dos meios virtuais, para uma campanha de preconceito e ódio contra os grupos pobres e há muito abandonados no Brasil. Exibem-se gráficos comparando os índices de votação de cada candidato distribuídos pelas regiões do país. Algo bastante superficial, pois mostra apenas os índices pela totalização dos estados, esquecendo-se das variações municipais. Nestes gráficos podemos ter a interpretação de que no Paraná, por exemplo, não houve votação para Dilma e que somente os estados taxados pobres, atrasados e com menores graus de ensino, lhe deram votação.
Para mim isso demonstra a clara tentativa de promover um movimento legalista para usurpar o poder legal concedido pelo meio democrático para Dilma. Essa idéia está presente para mim desde o início da campanha, e vem se tornando cada vez mais possível. Dois eventos servem de lastro para meus temores. O primeiro foi a postura da imprensa em relação ao golpe em Honduras, vimos ali que não se tornou público os reais motivos do golpe, nem tampouco se defendeu uma saida democrática para a situação. O segundo foi um reportagem exibida no Fantástico num domingo qualquer, sobre a Revolução de 1932. Momento em que a elite paulista, colocada de lado pelo movimento liderado por Getúlio Vargas em 1930, se rebelou contra o governo; algo que hoje também ocorre pela vitória de Dilma. Não duvido nada de que este clima de divisão nacional, extremamente valorizado em editorial de O Globo e em matéria da revista Veja, seja ainda mais insulflado levando grupos a tentarem um golpe pela legalidade, ou a tentativa da anulação das eleições. Até 01 de janeiro muita desta sujeira vai vir à tona e, infelizmente, a grande massa populacional não vai ter condições de reagir ou impedir sua disseminação, pois vão estar todos tomados pela parcialidade da informação. Talvez esse tipo de movimento objetive forçar o futuro governo Dilma a tentar brecar os atos criminosos da imprensa, aí a taxarão de tirana e terão a justificativa perfeita.

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