Pobrezinhos deles, ou de nós?

Hoje pela manhã, ouvi o comentário da Miriam (Porcona) Leitão sobre o aporte de recursos públicos que será feito pelo governo na Petrobrás, para a exploração do petróleo do pŕe-sal. Logo de imediato algo soou estranho na fala, ela estava explicando de que formas o governo iria captar estes recursos, em geral será puxando de outros setores do próprio governo como o FGTS (se não me engano); lá pelas tantas ela criticou isso (de modo muito velado como sempre), afinal a Petrobrás é uma empresa de capital misto, portanto tem acionistas, e por que o governo estava investindo dinheiro público numa empresa assim? Ora muito estranho isso afinal é o que o grupo de pensadores que seguem a cartilha do Neoliberalismo querem (como a Leitão, os Tucanos e outros animais), que o governo empenhe dinheiro público para gerar lucros e dividendos para as mãos privadas do empresariado. Mas de repente, não mais que de repente, veio a explicação. A grande questão é que o governo ao fazer esse incremento de capital eleva o valor da emprea e de seus produtos, logo se por exemplo um 'investidor' tem uma cota de 100 ações que valem R$100,00 com esse investimento as mesmas ações vão perder o valor, ou melhor o 'investidor' vai ganhar menos, pois 100 ações de R$1,00 num universo de um patrimônio de R$1.000,00 é uma coisa agora ações de R$1,00 num patrimônio de R$1.000.000,00 continuam valendo R$100,00 mas pegando uma fatia bem menor do bolo. E é aí que pega a Leitão, que com esse investimento do governo o 'investidor' vai ter de desembolsar mais para ampliar seu lote de ações se não quiser ver seu "trabalho" ir por água abaixo e deixar de abocanhar uma boa bufunfa. São realmente pessoas sofridas e maltradadas esses investidores...