terça-feira, 15 de setembro de 2009

Reforma, que reforma?

Uma coisa que me embasbaca é a facilidade que os discursos e, especialmente as questões legais, são conduzidas e direcionadas ao bel prazer de certos grupos. Semana passada o Senado discutia o projeto de reforma eleitoral para as eleições do ano que vem. Não muda nada, na verdade o tema de maior repercussão era sobre o uso da internet nas campanhas. Nas últimas eleições eu recebi alguns e-mails de candidatos que pegaram meu endereço de listagens de órgãos oficiais e partiam deste acesso privilegiado para encher o meu e muitos outros sacos por aí. Eu sempre me dava ao trabalho de responder dizendo que não havia autorizado, que sabia que eles utilizavam as listas de e-mails de secretarias públicas e que iria denunciá-los ao TRE. Agora vai ser dureza, a proposta é de que a campanha por e-mails, sites e outras parafernálias cibernéticas seja permitidas. Quer dizer mudar a lei para benifício dos candidatos sim, em regime de urgência urgentíssima, mas deixar o processo sério, com restrição aos volumes de dinheiro nas campanhas, tornar o cargo público como de dedicação exclusiva, restringir o número de mandatos possíveis, isso nem pensar. Nessa discussão a respeito do uso eleitoreiro da internet interessante foi a posição de José Sarney dizendo que a internet é algo que está aí, não há como limitar seu uso e pensar e criar proibições é um absurdo (senão disse isso foi bem parecido). Sendo assim seu uso está livre e desempedido, pedofilia, invasões a sistemas, desvio de valores de contas bancárias, enfim não podemos e nem devemos pensar em limitar os usos da Internet, não é Senador?

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